28.12.07

enquanto ainda dá tempo

Entra ano, sai ano, não adianta – a insanidade toma conta completa dos distribuidores de filmes nos meses de novembro e dezembro, com 6, 8, às vezes 10 lançamentos por semana (!!), muitos deles de certa importância.

Nesta penúltima semana de 2007, por exemplo, chegaram aos cinemas de São Paulo nada menos do que 11 filmes simultaneamente, sendo dois infantis brasileiros com lançamentos grandes e 7 produções “de arte” – ou seja, disputa-se em tempos ruins um público que já não é grande. O resultado, ainda mais em época sabidamente de recesso coletivo, é não só pouquíssima gente nas salas mas também a perda de um público grosso modo cativo.

Antes que o ano termine e venha uma lista de “melhores de 2007” (já que esse blog não é imprensa, não assiste a cabines e não pode, de maneira alguma, ser justo consigo mesmo fazendo uma lista antes que Em Paris, por exemplo, com estréia programada para amanhã, 28/12, seja visto), vejamos o que há pra se notar por enquanto:



O Assassinato de Jesse James Pelo Covarde Robert Ford poderia e deveria ter 1 hora a menos. E isso não é estultice daqueles que perderam a capacidade de concentração. Ademais, é mais do que evidente que foi dirigido por alguém (Andrew Dominik) que viu e gostou muito dos filmes de Terence Malick (Dias de Paraíso, Além da Linha Vermelha), porque há aqui, como lá, uma tentativa de fotografia (no sentido cinematográfico mesmo do termo) espiritual do caráter, um tempo de observação que aspira a um certo sublime. Pode valer um Oscar de ator coadjuvante a Casey Aflleck, que será algo honesto, e, a despeito de sua excessividade contemplar um vazio narrativo, sua meia hora final eleva-se portentosa e deixa fortes marcas.


Sombras de Goya é chatiiiiinho... Alguns críticos querem ver um libelo e um filme poderoso onde só há mesmo um narrativa desencontrada, um Javier Bardem de maneirismos e caretas risíveis e um determinismo moral de arrepiar a espinha. Longe, muito longe do sentido de espetáculo humano que Milos Forman já conseguiu em Amadeus.


O Sobrevivente é um Werner Herzog discursivo, querendo afirmar que a liberdade pode ser alcançável até pelo sacrifício e que a esperança é mesmo a última que deve morrer. E para ser veemente, não economiza nas apoteoses dramáticas regadas a muita trilha sonora triunfante e filma ao modo classicamente convencional uma história de provações e persistência que, somos capazes de jurar, já vimos umas 20 vezes.


Bee Movie – a História de Uma Abelha é um filme de um Jerry Seinfeld rendido. Porque existe ali uma faísca do humor ácido e espantosamente observacional que marcou sua brilhante série de televisão, mas não existe chance de ele sobressair-se em um filme que se curva servente à “jornada do herói”. E não adianta: parece que nunca haverá uma animação que saiba unir o convencionalismo da estrutura narrativa necessária para agradar à massa com o tempero da excelência intelectual e estética da forma como o fez Procurando Nemo. (Alguém aí sussurou Ellen DeGeneres?)


Crimes de Autor é legal.


Garçonete sobrevive de um fiapo de integridade emocional que Keri Russell tenta impor à protagonista, lutando contra toda sorte de babaquices e lugares-comuns rasteiros com que o roteiro a massacra impiedosamente. Só mesmo a morte da diretora em circunstâncias misteriosas (um suicídio que depois virou assassinato) explica a simpatia crítica que o filme recebeu em sua terra natal. (Ademais, quem ainda precisa justificar a burrice dos críticos norte-americanos?)


No Vale Das Sombras é um filme dirigido por Paul Haggis. E isso o define melhor do que qualquer outra coisa. (Mas, para quem ainda precisa entender melhor, trata-se de um roteiro que se estrutura da forma mais óbvia possível e que, transposto para a tela, passa duas horas reiterando e ilustrando suas obviedades, sem espaço algum para sutilezas ou algo que se possa remotamente chamar de perspicácia narrativa – ou, pior, é um filme que se crê de perspicácia narrativa exemplar e por isso mesmo é odiável. Nem mesmo Charlize Theron, no que é talvez a atuação mais honesta de sua carreira, nem Tommy Lee Jones, convertendo a habitual canastrice em uma canastrice contida, salvam.)


Across The Universe é o naufrágio de sua diretora, Julie Taymor. Quando as coisas ali podem talvez tornarem-se cafonamente adoráveis ou exageradamente encantadoras, tudo passa do limite do limite. Nem entremos nos méritos de uma história que é um anti-roteiro, ou antes um arremedo de trama, uma desculpa minimamente palpável para o enfileiramento de videoclipes. Cheira a filme que daqui a 10, 15 anos, tornar-se-á cult. E quem sabe venhamos a apreciá-lo.


Novo Mundo é simplesmente um dos melhores filmes desse ano ou dessa década, ou jamais feitos sobre o tema que aborda. É o máximo que se pode querer em elaboração visual e dramática, de um cineasta em domínio de sua arte, levando público junto dele em uma mesmerizante viagem. (Mas ao filme voltaremos mais tarde.)


Os Donos da Noite é envolvente, competente, bem urgido. Mas mais e melhores filmes já se fizeram com a mesma noção de fidelidade, honra e glória familiar no mundo do crime.


Conduta de Risco é um daqueles thrillers que só a máquina hollywoodiana sabe fazer desse jeito. Pode valer um Oscar a George Clooney que ele não merecerá (está bem, é certo, mas sabemos que há melhores), mas vale duas horas de suspense psicológico dos mais eficazes – e aquele eterno regozijo da deliciosamente maniqueísta luta entre gigantes do mal e nanicos do bem. Tom Wilkinson enlouquece com classe e Tilda Swinton é dona de uma eletrizante cena final que, essa sim, lhe vale prêmios.


Quem foi mesmo que achou A Vida dos Outros uma obra-prima?! É quase um anti-Conduta de Risco, um thriller como os europeus teimam em fazer, em que os mecanismos da narrativa são escravos de uma mensagem política ou humanista que deve vir primeiro e que os sacrificam, portanto. Se Conduta fecha forma e conteúdo numa só unidade, A Vida balança entre ambos, perdendo um pouco da consistência de sua construção. É como se fosse estabelecido um ponto de chegada a priori, para o qual toma-se um caminho nem sempre muito bem pavimentado – e o problema maior é essa lógica deixar-se notar. Mas há um grande ator e não se pode negar que, diferentemente do que ocorre nos filmes de Paul Haggis, a mensagem ecoa com certa força.


Viagem a Darjeeling é emocionante e envolvente e irresistível. Isso é tudo que o blogueiro pode dizer sem revê-lo.


Lady Chatterley possui a inestimável qualidade de traduzir um romance literalmente em imagens. Pouco é dito, muito é mostrado e a decupagem da câmera, embora jamais seja estritamente subjetiva, de alguma forma transmite o ponto de vista e a subjetividade da protagonista de forma admirável. São 2 horas e 40 minutos que não se fazem notar se o espectador entrar a contento no universo cuidadosamente coeso que é apresentado. A maneira como a diretora estabelece bases espaciais e psicológicas, através de cenas simploriamente cotidianas, para depois expor a erupção violenta de uma relação calcada em sentimentos sexuais intensamente primitivos (os amantes não tiram a roupa, não se beijam) é verdadeiramente admirável. Com um final sensacional, é filme que cresce na cabeça.


E por fim, um filme muito especial. Quando o viu na Mostra de Cinema, no dia 22/10/2207, esse blog disse sobre Um Amor Jovem:

De "As Paredes do Chelsea Hotel" para cá, é notável a progressão do Ethan Hawke cineasta. Adaptando um romance de sua própria autoria (que contém tintas que parecem bastante biográficas) e talvez por isso mantendo acima de tudo a pessoalidade, ele consegue fazer um filme sobre jovens que não é um “filme sobre jovens”, mas sim um sentimental, belo, divertido e sincero retrato de amores encontrados e perdidos, amadurecimento, vida familiar e aquela adolescência renitente que insiste em perdurar aos 20, aos 30, aos 40... Em tempos onde as liberdades emocionais multiplicam-se, o processo de fazer e desfazer caminhos é o objetivo da jornada em si, mais do que atingir um ponto de chegada ilusório. Essa sensação, somada à bagagem que arrastamos conosco nesse percurso, é a matéria sobre a qual se constrói um filme cheio de frescor, surpreendentemente jovem de espírito (e com participações impagáveis de Sonia Braga – sim, Sonia Braga! – e Laura Linney, além da competência dos protagonistas Mark Webber e Catalina Sandino Moreno).

Na Ilustrada do último dia 21, Cassio Starling Carlos terminou de dar forma ao que ainda pensávamos sobre o filme. Leia a seguir:

Elenco livra drama da banalidade
Com tom contido e foco em pequenas emoções, filme de Ethan Hawke não cede ao sentimentalismo

CÁSSIO STARLING CARLOS

CRÍTICO DA FOLHA 



Cinéfilos e críticos gostam de cinema de autor, aqueles em que o nome do diretor indica um universo temático, uma moral e um modo de filmar pessoais e inconfundíveis. Público e viciados em premiações como o Oscar costumam preferir filmes de ator, aqueles em que o nome do intérprete e sua atuação guiam a escolha na hora de comprar o ingresso ou pagar a locadora. Entre um campo e outro, costuma emergir um híbrido que poderia ser definido como "cinema de ator". 


Desta categoria, os nomes que mais brilharam ao passar para trás das câmeras foram John Cassavetes e Paul Newman. Outros, como Jack Nicholson, Robert De Niro, Sean Penn e Ed Harris, arriscaram-se a praticá-lo, com mais ou menos brilho. Ethan Hawke vem ensaiando seus passos. 
Neste "Um Amor Jovem", seu segundo longa, não tropeçou nem caiu. 


"Cinema de ator" não se resume a filmes dirigidos por atores. Uma das características do "gênero" é que um ator, ao dirigir outros atores, investe no que se supõe ser seu maior talento: a interpretação. Mas não se trata de estimular aquelas performances ganhadoras de Oscar, e, sim, de levar o ator ao ponto em que se apaga o trabalho de interpretação, em que a simbiose com o personagem enche esta tanto mais de vida quanto mais se apaga a "persona" do ator que o encarna. 


Em "Um Amor Jovem", Hawke obtém essa mágica, e é ela que injeta diferença num drama romântico que parte de premissas banais: jovem encontra garota; ele a encara como a alma gêmea; eles viajam juntos para uma semana idílica em que só o amor existe; ela subitamente o abandona; ele passa o resto do tempo comendo o pão que o diabo amassou. 

Hawke investe no par central e mantém os personagens acessórios à margem (incluindo ele próprio e uma aparição estranha, mas saborosa, de Sonia Braga). O embate, portanto, fica a cargo do delicioso par composto por Mark Webber e Catalina Sandino Moreno. 
De partida, os dois atores são filmados do ponto de vista dos corpos. A câmera os visa a meia distância, captura-os na dança da sedução, perambulando na saída de um bar, brincando de se apaixonar, na fissura do sexo dos primeiros encontros. 


Do mesmo modo contido, a narrativa não impõe um ponto de vista de um ao outro. Cada um evoca seu passado em forma de auto-apresentação, e o relato os segue, sugere se perder em um atalho e depois retoma o que interessa. 
Quando se dá a ruptura, o filme nos deixa isolados com a personagem do jovem abandonado. É através dele que o diretor representa a perda, e esta se faz mais sensível no reencontro pendular com os pais, figuras ausentes que redefinem o espaço da solidão no qual William enxerga seu esforço de tornar crônica a doença que ele chama de amor.


Desse modo, nem tão perto nem tão longe, Ethan Hawke consegue escapar dos riscos do sentimentalismo e manter vibrantes as pequenas emoções. 
E é isso que torna "Um Amor Jovem" um belo filme.






Até já. E feliz Ano Novo, para quem se importa!

17.12.07

I'm Not There

para Bob Dylan e Cate Blanchett



13.12.07

e não é que deu Reparação?!




Hoje, a associação da imprensa estrangeira de Hollywood anunciou seus indicados ao prêmio Globo de Ouro, a ser entregue em 13 de janeiro próximo. E não é que Desejo e Reparação, filme dirigido por Joe Wright, do pálido Orgulho e Preconceito, recebeu o maior número de citações (7, ao todo)?!

(Reparação, de Ian McEwan, é um livro sensacional, destes que atestam uma maestria intelectual e narrativa raríssimas. Como acontece com todo grande livro, a idéia de filmá-lo soa descabida e absurda, a priori. Por isso, confesso, a cara feia para essa versão cinematográfica - já que, desculpem, mas não existe como apagar a obra literária da cabeça para assistir ao filme virgem. Sim, é um pré-conceito. Mas, sim, há alguns críticos falando bem do filme por aí. Aqui bem de longe, e sendo irresponsavelmente opinativo, ele me soa como espetaculoso e calculado para arrebatar.)

Ademais, a honraria máxima da indicação a melhor filme dramático ficou com 7 (!) produções. Os novos filmes de David Cronemberg (Eastern Promisses), Ridley Scott (American Gangster), Ethan Coen & Joel Coen (No Country For Old Man) e Paul Thomas Anderson (There Will Be Blood) estão no páreo, o que consagra um bloco de diretores (com exceção de Scott) sempre lidando (brilhantemente) entre as margens e o centro do mainstream. Desses, no entanto, nem Thomas Anderson, nem Cronemberd emplacaram um melhor diretor.

Completam a categoria principal Reparação, de Joe Wright, The Great Debaters, de Denzel Washington, e Conduta de Risco, de Tony Gilroy.

(Tim Burton, nome dos mais destacáveis, comparece com seu Sweeney Todd, mas na categoria de melhor filme comédia ou musical).

Denzel Washington, aliás, indicado também como melhor ator por American Gangster. Na sessão dobradinha, há ainda Philip Seymour Hoffman, indicado a melhor ator de comédia ou musical por The Savages e também a melhor ator coadjuvante por Charlie's Wilson War, e a sempre-esplêndida-e-queridinha-absoluta-desse-blog Cate Blanchett, como atriz principal em Elizabeth: The Golden Age e coadjuvante em I'm Not There.

No quesito abrilhantar a noite, as mesas da cerimônia estarão ocupadas por indicados como Julia Roberts, Tom Hanks, Johnny Depp, George Clooney, Daniel Day Lewis, Jodie Foster e Angelina Jolie, entre outros.

Já do lado dos independentes (ou nem tanto) que emplacaram, o filme Juno, de Jason Reitman, abre alas para, em diferentes produções, os nomes de John C Reilly, Ryan Gossling, Ellen Page e, vejam só, a francesa Marion Cotillard, que com sua personificação de Edith Piaf, juram alguns (alô, alô, João Cândido!), tem cadeira garantida no Oscar.


A lista completa segue abaixo, somente das categorias de CINEMA - porque faz tempo que esse blog não segue televisão.

Mais comentários conforme os filmes entrem em cartaz e sejam vistos.



Melhor Filme - Drama
"O Gângster"
"Desejo e Reparação"
"Senhores do Crime"
"The Great Debaters"
"Conduta de Risco"
"Onde os Fracos não têm Vez"
"Sangue Negro"

Melhor Filme - Comédia ou Musical
"Across The Universe"
"Jogos do Poder"
"Hairspray"
"Juno"
"Sweeney Todd: O Barbeiro Demoníaco da Rua Fleet"

Melhor atriz - Drama
Cate Blanchett - "Elizabeth: A Era de Ouro"
Julie Christie - "Longe Dela"
Jodie Foster - "Valente"
Angelina Jolie - "O Preço da Coragem"
Keira Knightley - "Desejo e Reparação"

Melhor ator - Drama
George Clooney - "Conduta de Risco"
Daniel Day-Lewis - "Sangue Negro"
James McAvoy - "Desejo e Reparação"
Viggo Mortensen - "Senhores do Crime"
Denzel Washington - "O Gângster"

Melhor atriz - Comédia ou Musical
Amy Adams - "Encantada"
Nikki Blonsky - "Hairspray"
Helena Bonham Carter - "Sweeney Todd"
Marion Cotillard - "Piaf - Um Hino ao Amor"
Ellen Page - "Juno"

Melhor ator - Comédia ou Musical
Johnny Depp - "Sweeney Todd"
Ryan Gosling - "Lars and the Real Girl"
Tom Hanks - "Jogos do Poder"
Philip Seymour Hoffman - "The Savages"
John C. Reilly - "Walk Hard: The Dewey Cox Story"

Melhor Ator Coadjuvante
Casey Affleck - "O Assassinato de Jesse James pelo Covarde Robert Ford"
Javier Bardem - "Onde os Fracos não têm Vez"
Philip Seymour Hoffman - "Jogos do Poder"
John Travolta - "Hairspray"
Tom Wilkinson - "Conduta de Risco"

Melhor Atriz Coadjuvante
Cate Blanchett - "I'm Not There"
Julia Roberts - "Jogos do Poder"
Saoirse Ronan - "Desejo e Reparação"
Amy Ryan - "Medo da Verdade"
Tilda Swinton - "Conduta de Risco"

Melhor Diretor
Tim Burton - "Sweeney Todd"
Ethan Coen, Joel Coen - "Onde os Fracos não têm Vez"
Julian Schnabel - "O Escafandro e a Borboleta"
Ridley Scott - "O Gângster"
Joe Wright - "Desejo e Reparação"

Melhor Roteiro
"Desejo e Reparação" - Christopher Hampton
"Jogos do Poder" - Aaron Sorkin
"O Escafandro e a Borboleta" - Ronald Harwood
"Juno" - Diablo Cody
"Onde os Fracos não têm Vez" - Joel Coen, Ethan Coen

Melhor Filme em Língua Estrangeira
"4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias" (Romênia)
"O Escafandro e a Borboleta" (França, EUA)
"O Caçador de Pipas" (EUA)
"Lust, Caution" (Taiwan)
"Persepolis" (França)

Melhor Filme de Animação
"Bee Movie - A História de uma Abelha"
"Ratatouille"
"Os Simpsons: O Filme"

Melhor canção
"Encantada" - "That's How You Know"
"Grace Is Gone" - "Grace Is Gone"
"Into the Wild" - "Guaranteed"
"O Amor nos Tempos do Cólera" - "Despedida"
"Walk Hard: The Dewey Cox Story" - "Walk Hard"

Melhor Trilha Sonora
"Desejo e Reparação" - Dario Marianelli
"Senhores do Crime" - Howard Shore
"Grace Is Gone" - Clint Eastwood
"Into the Wild" - Michael Brook
"O Caçador de Pipas" - Alberto Iglesias

10.12.07

Haverá sangue, por certo.





e não é que ele fez de novo?? nas mais recentes listas de premiados por críticos norte-americanos, enquanto algumas reincidências que já soam duvidosas insistem em reincidir, There Will Be Blood, de Paul Thomas Anderson, desponta (junto, é claro, com os novos filmes dos Coen e de Sidney Lumet). será esse um ano de cinema de verdade na temporada de prêmios?!

vejamos:

CÍRCULO DE CRÍTICOS DE NOVA YORK

MELHOR FILME
No Country for Old Men

MELHOR DIRETOR
Joel and Ethan Coen (No Country for Old Men)

MELHOR ATOR
Daniel Day-Lewis (There Will Be Blood)

MELHOR ATRIZ
Julie Christie (Away From Her)

MELHOR ATOR COADJUVANTE
Javier Bardem (No Country for Old Men)

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Amy Ryan (Gone Baby Gone)

MELHOR ROTEIRO
Joel and Ethan Coen (No Country for Old Men)

MELHOR FOTOGRAFIA
Robert Elswit (There Will Be Blood)

MELHOR DOCUMENTÁRIO
No End in Sight

MELHOR FILME ESTRANGEIRO
The Lives of Others

MELHOR ANIMAÇÃO
Persepolis

MELHOR PRIMEIRO FILM3
Sarah Polley (Away from Her)

LIFETIME ACHIEVEMENT AWARD
Sidney Lumet




CÍRCULO DE CRÍTICOS DE LOS ANGELES

MELHOR FILME
There Will Be Blood
Runner-Up: The Diving Bell and the Butterfly

MELHOR DIRETOR
Paul Thomas Anderson (There Will Be Blood)
Runner-Up: Julian Schnabel (The Diving Bell and the Butterfly)

MELHOR ATOR
Daniel Day-Lewis (There Will Be Blood)
Runner-Up: Frank Langella (Starting Out in the Evening)

MELHOR ATRIZ
Marion Cotillard (La Vie En Rose)
Runner-Up: Anamaria Marinca (4 Months, 3 Weeks, and 2 Days)

MELHOR ATOR COADJUVANTE
Vlad Ivanov (4 Months, 3 Weeks, and 2 Days)
Runner-Up: Hal Holbrook (Into the Wild)

MELHOR ATRIZ COADJUVANTE
Amy Ryan (Gone Baby Gone and Before the Devil Knows You're Dead)
Runner-Up: Cate Blanchett (I'm Not There)

MELHOR ROTEIRO
Tamara Jenkins (The Savages)
Runner-up: Paul Thomas Anderson (There Will Be Blood)

MELHOR FOTOGRAFIA
Janusz Kaminski (The Diving Bell and the Butterfly)
Runner-Up: Robert Elswit (There Will Be Blood)

MELHOR DIREÇÃO DE ARTE
Janusz Kaminski (The Diving Bell and the Butterfly)
Runner-Up: Dante Ferretti (Sweeny Todd: The Demon Barber of Fleet Street)

MELHOR DOCUMENTÁRIO
No End in Sight
Runner-Up: Sicko

MELHOR ANIMAÇÃO
Ratatouille and Persepolis (empate)

MELHOR MÚSICA
Glen Hansard and Marketa Irglova (Once)
Runner-Up: Jonny Greenwood (There Will Be Blood)

PRÊMIO NOVA GERAÇÃO
Sarah Polley (Away from Her)




quem quiser a cobertura completa -> AQUI.

Calabar! (ou parte de)

6.12.07

começou!

Quem aí não ADORA a temporada de prêmio, levante a mão!

Ontem, a estadunidense National Board of Review anunciou seus escolhidos para o exercício de 2007. Por enquanto, (quase) sem comentários, já que quase tudo é inédito para nós (exceto por alguns filmes exibidos em mostras e festivais).

Mas olhos bem abertos, de qualquer maneira.

(Os filmes seguem com título original porque, né?, quem tem paciência de traduzir?!)


Melhor Filme: NO COUNTRY FOR OLD MEN (viva!)

Melhor Diretor: TIM BURTON, Sweeney Todd (viva!)

Melhor Ator: GEORGE CLOONEY, Michael Clayton

Melhor Atriz: JULIE CHRISTIE, Away From Her (hummmm... será?)

Melhor Ator Coadjuvante: CASEY AFFLECK, The Assassination of Jesse James by the Coward Robert Ford (ó!)

Melhor Atriz Coadjuvante: AMY RYAN, Gone Baby Gone

Melhor Filme Estrangeiro: THE DIVING BELL AND THE BUTTERFLY

Melhor Documentário: BODY OF WAR

Melhor Animação: RATATOUILLE

Melhor Elenco Conjunto: NO COUNTRY FOR OLD MEN

Ator Revelação : EMILE HIRSCH, Into The Wild

Atriz Revelação: ELLEN PAGE, Juno

Melhor Estréia na Direção: BEN AFFLECK, Gone Baby Gone (será????????)

Melhor Roteiro Original (empate): DIABLO CODY, Juno, e NANCY OLIVER, Lars and the Real Girl

Best Roteiro Adaptado: JOEL COEN and ETHAN COEN, No Country For Old Men



Dez Melhores Filmes:
(Em ordem alfabética)
THE ASSASSINATION OF JESSE JAMES BY THE COWARD ROBERT FORD
ATONEMENT
THE BOURNE ULTIMATUM
THE BUCKET LIST
INTO THE WILD
JUNO
THE KITE RUNNER
LARS AND THE REAL GIRL
MICHAEL CLAYTON
SWEENEY TODD

Cinco Melhores Filmes Estrangeiros:
(em ordem alfabética)
4 MONTHS, 3 WEEKS, 2 DAYS
THE BAND’S VISIT
THE COUNTERFEITERS
LA VIE EN ROSE
LUST, CAUTION


Cinco Melhores Documentários
(em ordem alfabética)
DARFUR NOW
IN THE SHADOW OF THE MOON
NANKING
TAXI TO THE DARKSIDE
TOOTS

Melhores Filmes Independentes (mas, vem cá, que distinção é essa????)
(em ordem alfabética)
AWAY FROM HER
GREAT WORLD OF SOUND
HONEYDRIPPER
IN THE VALLEY OF ELAH
A MIGHT HEART
THE NAMESAKE
ONCE
THE SAVAGES
STARTING OUT IN THE EVENING
WAITRESS




e pra quem quer ficar a par de todos os passos e é do inglês:


AwardsDaily

dia branco

alguém aí prestou atenção nessa versão?