23.9.12

23 de setembro


O mais renitente no desaparecimento de alguém não é a falta. É essa noção de provisoriedade. 

Como se cada dia, cada fato, cada sonho - que teimosamente irrompe com frequência atordoante - fossem somente aspectos de um breve hiato temporário, ensaios para sua reaparição.

E no aniversário que você faria hoje, sempre e tão orgulhosamente associado ao início da Primavera, o que me desespera não é tanto a saudade avassaladora que eu obviamente sinto, mas a perspectiva agigantada do quanto, infinitos dias, eu ainda deverei senti-la.