24.11.07

a gente inventa

De todos os amores, o mais forte é sempre o último...


mesmo que seja inventado.


22.11.07

3

UM

Será que tem problema não ter achado Jogo de Cena o melhor filme da história do cinema (nem sequer documental)?


DOIS

TV Pirata é uma coisa assim sensacional. Comprei o DVD. Hoje. Lembrei pra valer e bateu forte. Eles já fizeram tudo, pronto, acabou. Não há nada na televisão hoje tão moderno quanto eles eram (são). E, gente, aqueles atores são até hoje o que há de melhor em termos de comédia. Não tem pra ninguém. Mesmo. (e a gente aqui pensando que a internet libertou o humor... ha-ha-ha!)


TRÊS

Dormir, pra quê, afinal, né?

21.11.07

muito mais elegante

feriado em SP

pra recuperar semanas, dois dias de 7 filmes:


Mutum
* * *1/2

O Passado
* * *1/2

A Casa de Alice
* * *1/2

Antes Só do Que Mal Casado
* * *

Mandando Bala
*

Planeta Terror
* *

Noel - Poeta da Vila
* * *
e às pessoas que eu detesto, diga sempre que eu não presto, que o meu lar é um botequim. e que eu arruinei a sua vida, que eu não mereço a comida que você pagou pra mim.



20.11.07

epístolas eletrônicas

queria ser como você, inventivo, criativo, agitado e jovem. e ter cabelos enrolados, que estão na moda, vide a dona florinda, a elza soares e a maria alice (ps - ela cortou o cabelo, ficou uma graça).

H.C.

14.11.07

hoje teve...

... show do LCD Soundsystem.


então (por Franz Ferdinand, vídeo ruim para música excelente):


13.11.07

aniversário

- Mas você está no cursinho ou na faculdade, já?

(cara de ESPANTO.)

- Não, eu já me formei.

- Mas quantos anos você tem?

- 25. (sentimento interno de abismo)

- Nossa, mas tem cara de moleque. Achei que era 19, 20 no máximo.


Deus é pai.



mudando de assunto...





Annika, uma GÊNIA.

(You call me up in the mornings
We’ll stay on the phone until dawning
You tell me secrets I actually keep
You call me up around noon and
Bring me all the good gossip
You hold my head when I throw up
I hold your hand when you weep

And we talk about friends
And we talk about records
Talk about life
And we’ll talk about death
And we dance in the living room
Dance on the sidewalks, dance in the movies
Dance at the festivals, dance, dance
No men ever really dance like this

Damn! I wish I was a lesbian
Damn! I wish I was a lesbian
Damn! I wish I was, and that you were, too
So I could fall in love with you

You call me up in the evenings
And tell me what they did this time
No matter what, I’m by your side
When it’s raining, we’ll go to the video store
We even like the same movies
No damn jedis or hobbits, this time!

And you laugh at my jokes
And I laugh at your jokes
And I even like the birthday presents you get me
And we dance in the living room
Dance on the sidewalks
Dance in the movies
Dance at the festivals
Let’s dance, dance
No men ever really dance like this

Why don’t I fall?
Why don’t I just fall in love with you?
)

12.11.07

Fluorescent Adolescent - Arctic Monkeys

This Boy - Franz Ferdinand

Rocks - Caetano Veloso

Wouldn't It Be Nice - The Beach Boys

Se Você Pensa - Roberto Carlos

Maior Abandonado - Barão Vermelho

Ain't No Mountain High Enough - Marvin Gaye & Tammi Terrell

You Are The Light - Jens Lekman

Trains To Brazil – Guillemots

Big Girls - Mika (Bonde do Rolê remix)

Se Ela Dança eu Danço - Mc Marcinho

Já Sei Namorar – Tribalistas

Um Certo Alguém – Lulu Santos

Mmmbop - Hanson

Anna Júlia - Los Hermanos

7.11.07

diário da Mostra - repescagem 1

02/11 - sexta-feira.


Cibelle, no Auditório Ibirapuera e no Música de Bolso.

diário da Mostra - último dia

01/11 – quinta-feira
(cotações de * a * * * *)

Truques, de Andrzej Jakimowski
POLÔNIA
* * *
A cabeça dispersa pôde ainda assim achar o filme simpático, de uma leveza agradável e esperta em explorar, sob o olhar infantil, mas sem clichês desse gênero, uma história de desagregação e busca. Talvez merecesse um segundo olhar mais cuidadoso, para fazer coro aos amigos que amaram e aos que abandonaram a sessão aos 15 minutos.

Persepolis, de Marjane Satrapi e Vincent Paronnaud
FRANÇA
* * 1/2
Careeeeta, mas altamente palatável. Agrada sem surpreender ou incomodar. É uma animação com traços interessantes e narrativa épica – dezenas de fatos se sucedem, sem atenção dramatúrgica específica a nenhum deles, contanto uma vida cheia de movimento e dor, numa narrativa que mantém aura “suave”. Conflitos no Oriente, para crianças. Nem por isso desprezível.



Canções De Amor, de Christophe Honoré
FRANÇA
* * * *1/2
Você gosta de musicais? E de histórias de amor? E de histórias de amor interrompidos, transformados, impossíveis? E da França, você gosta? Você tem a alma aberta ao romantismo desenfreado e ao escapismo docemente exibido e auto-indulgente que só o cinema sabe proporcionar? Ah, tá. Então é só mergulhar de cabeça e se apaixonar por esse filme.

diário da Mostra - dia 13

31/10 – quarta-feira

Nada.

diário da Mostra - dia 12

30/10 – terça-feira
(cotações de * a * * * * *)



Antes Que Eu Esqueça, de Jacques Nolot
FRANÇA
* * * *
Um ao mesmo tempo dilacerante e comovente retrato do homossexualismo na terceira idade, ou, se preferir, da solidão e seus percalços. Diálogos longos e sem enfeites, demorados planos de ação, que vão construindo e fazendo sentir a atmosfera e a vida do protagonista em todo seu abismo. Triste, é uma narrativa que não força o “dramático”, deixando-o aparecer no melhor estilo “as coisas como elas são” – ou podem ser. Um filme perturbador e verdadeiro, difícil em sua matéria humana e em sua construção sem adornos.



El Orfanato, de Juan Antonio Bayona
ESPANHA
* * * *
Que não haja engano: é uma obra nos moldes “comerciais”, que usa todas os truques e convenções narrativas do cinema como o conhecemos. Mas como os usa bem! Com inteligência dramatúrgica e estética, especialmente na opção em não ceder a um final explicativo e “científico”, assumindo-se como a fábula gótica que é (acredite, é uma releitura sombria de uma clássica história juvenil, que não convém revelar qual é), o filme arrepia a espinha não uma nem duas vezes, mas a cada 5 minutos. E isso não é uma figura de linguagem. Irmana-se, por exemplo a O Sexto Sentido e, certamente, é o candidato a blockbuster de terror (psicológico) de 2008. Com muita justiça.



En La Ciudad de Sylvia, de José Luis Guerín
* * * ½ (ou * * * *?)
Ver o filme na seqüência de El Orfanato chega a ser irônico. Esse, em contraposição àquele, é um filme de exceção. Não segue qualquer regra ou traço pré-estabelecidos. Estende-se em longos planos e cenas observacionais, seja numa esquina onde transeuntes vem e vão, seja em um ponto de ônibus ou num café ao ar livre. A câmera assume o papel de um flaneur em busca da mulher amada e perdida. E é isso. Não ocorre nada que se possa chamar de “progressão dramática” a partir dessa premissa. O que o olhar do cineasta faz é um poema audiovisual do movimento e do encontro, das dezenas e milhares de pessoas por quem passamos, com quem co-existimos, daquelas que olhamos por 5 minutos com alguma curiosidade, ternura, desprezo, àquelas com quem queremos passar horas, dias, uma vida inteira. A Estrasburgo de Sylvia é uma cidade de fronteira, de confusão geográfica, de muitas nacionalidades – é a cidade do espírito errante no jogo de perder-se de si mesmo e achar-se, constantemente.

diário da Mostra - dia 11

29/10 – segunda-feira
(cotações de * a * * * * *)


Todas As Belas Promessas, de Jean Paul Civeyrac
FRANÇA
Entrei na sessão já sabendo o que o destino me aguardaria. Mas, antes de dormir (sim, é vergonhoso o tanto que se dorme, sem e por querer, em Mostras), pude notar um realizador com um universo de temas interessantíssimo. O filme em si, não deu pra dizer que foi visto.



A Retirada, de Amos Gitai
ISRAEL/ FRANÇA/ ALEMANHA/ ITÁLIA
* * * *
Desde O Dia Do Perdão, Amos Gitai não fazia um filme que casasse tanta beleza formal e humana com uma camada tão sólida de dor e agonia. Em seu eterno retrato do conflito entre judeus e palestinos, aqui há Juliette Binoche pouco parecida com Juliette Binoche, Jeanne Moreau (em rápida participação) e uma narrativa bipartida. Um primeiro ato solar e algo lírico em sua alegria juvenil (em grande parte graças justamente à srta. Binoche) dá vez a uma expedição de desocupação da Faixa de Gaza trabalhada com frieza “documental”. Durante todo o tempo, os longos e admiráveis planos-seqüência e um filme cheio de vida.

Hana, de Hirokazu Kore-Eda
JAPÃO
* * *
Kore-Eda é o homem do metafísico feito assombro fotográfico em Maborosi, da ciranda da efemeridade e da morte feita cinema em Depois da Vida e da vida feita delicadeza, sob a dura perspectiva infantil do abandono, em Ninguém Pode Saber, todos filmes fantásticos. Não se entra em um filme seu, portanto, esperando pouco. Hana é uma comédia de ambiente. Flagra-se, no Japão do século XVIII, uma pequena aldeia de “pobres coitados”, entre eles um samurai que tem como missão vingar a morte do pai. Muitas subtramas acontecem, entrecortando a história de um herói ao qual é dado um destino que ele não deseja. O olhar sobre essas forças exteriores que nos cobram cumprir uma missão que no íntimo não nos pertence é sensível e recompensador. A construção do tempo/espaço da mise-en-scène é, da mesma forma, claramente obra de quem sabe o que faz. Mas em se tratando de quem é, fica difícil não haver uma pequena frustração.