28.6.05

buenos aires

Tudo em Buenos Aires remete a "Felizes Juntos" - até o que em nada remete.

Ao sentimento avassalador de plenitude cinematográfica alcançado por Wong Kar Wai num retrato estupendo do amor.

A tangos na cozinha.

A tangos em geral, essa música tão fantástica em sua beleza dilacerante.

A Cataratas do Iguaçu despencando como se dançassem Caetano Veloso ("rio que perde o chão é catarata", hem?!)

A extremo opostos.

Ao afeto e à repulsa que se encerram em peitos juvenis explodindo de sentimento.

Ao fim do mundo e seus sons. O que haverá lá?

Ao desterro.

À volta pra casa.

À procura por uma casa.

Às casas tão sólidas que encontramos ou construímos no corpo de outros, na alma de outros.

À dor.

Às cores, aos grãos, às câmeras lentas.

A Astor Piazolla, Frank Zappa, Cucurucucu Paloma e So Happy Together.

À plenitude e ao vazio.

Ao amor, enfim.

2 comentários:

paula manzo disse...

fui 2 vezes a buenos aires. mais precisamente ao EZEISA. se é assim que se escreve. e mais precisamente por 1 hora nas duas vezes. buenos aires pra mim é CONEXÃO, ou talvez ESCALA.

Anônimo disse...

você disse que o filme fala de um amor maravilhoso, um amor pleno...
e disse ainda que essa história de amor remete a buenos aires...
será que algum diretor consegue retratar tão perfeitamente duas coisas tão incríveis como buenos aires e o amor?
provável que um dos poucos que consigam executar a tarefa seja Wong Kar Way, que dirigiu uma das histórias mais bonitas que eu já vi: "Amor á flor da pele";
Vontade de ver "Felizes Juntos".