16.1.05

Código 46, encontros e desencontros, samurais e começo do ano em SP

"Código 46", belo filme de Michael Winterbotton, também em cartaz na cidade com "Neste Mundo". Depois de alguns filmes anódinos nos últimos tempos, os lançamentos do finalzinho do ano, ao que parece, estão reacendendo o gosto pelo cinema. E pelo cinema do olhar: aquele que preza a imagem, que enquadra, que movimenta, que treme, que desfoca, que se aproxima, se afasta, não corta.

Bela sonata futurista, com dezenas de referências entrecruzadas, o filme conta o encontro. Como procede o encontro de duas pessoas, afinal? Que tipo de poeira cósmica mágica as une, as faz apreciarem a companhia, encantarem-se, desejarem uma a outra...
Não escolhemos quem amamos, Winterboton, parece dizer, nem como, nem onde, nem em que passado ou em que futuro. Tampouco controlamos a perda, a separação, os milhares de fatores e fatos que adiam a consumação ou simplesmente determinam que aquela história de amor não era pra ser, não é pra ser, não devia ser. Ou não.

E nesse caldo cabem Adão e Eva, Édipo, Maria, observação sócio-política das mais aguçadas e mais um monte de coisas. Ah, as locações são incríveis e a fotografia sabe como enquadrá-las, ah, como sabe!

PS1: Ou não entendi bem "Zatoichi", ou não gostei. Mas estou disposto a reconhecer a incompetência.
PS2: Só os americanos jamais saberão fazer filmes como "Doze Homens e Outro Segredo".
PS3: Jorge Furtado caminha para um preocupante caminho de auto-repetição, como um mago fascinado demais por seus próprios truques. Mas o filme é bacaninha!



2 comentários:

paula manzo disse...

bicho, tu não entendeu Zaitochi. mas no geral, tu não gostou mermo?

Anônimo disse...

como assim não entendeu o zaitochi?
a preta aqui te explica. me chama pruma cerveja que te explico.

ass: caroline