29/10
TRAFICANTE (Hungria)
Um filme quase estonteante. Fotografia milimetricamente perfeita - com câmera quase que ininterruptamente em movimentos lentos e circulares - enquadra a via-crúcis de um traficante de drogas, sob permanente tensão e em uma atmosfera das mais sombrias. Uso perfeito do som, dos silêncios e dos tempos dramáticos. Seria magnífico não fosse tão prolixo. Ainda assim, é cinemaço.
De 1 a 5, 4 e meio.
BLOOD AND BONES (Japão)
Épico que oscila entre o pungente e o novelesco, mas que se ancora em um personagem central dúbio e fascinante - interpretado com precisão por Takeshi Kitano. Saga de uma família em duas horas e vinte minutos só de desgraças, com algum pequeno humor.
De 1 a 5, 3.
A CRIANÇA (Belgica/ França)
Os irmãos Dardenne não dão trégua. Depois de "O Filho", este "A Criança" é mais um retrato de vidas infelizes e desvirtuadas de seres humanos que, ao contrário do que parece crer um Todd Solondz, alteram-se a partir das circunstâncias à sua volta, não simplesmente sendo podres por natureza. Transpira-se realismo e a humanidade goteja da tela, ainda mais porque os Dardenne aplicam à trama uma gramática visual em perfeita comunhão com o conflito - a ética e a estética encontram-se, uma vez mais.
De 1 a 5, 5.
30.10.05
29.10.05
Mostra - dia 5
28/10
DUMPLINGS (Hong Kong/ China)
Inusitado, no mínimo, em sua primeira meia hora. No resto do tempo, durmi.
O que me impede de julgar.
CACHÉ (França/ Áustria/ Alemanha)
De um naturalismo assustador emerge uma trama misteriosa em sua banalidade - ou banal em seu mistério. A tensão atingida por Michael Haneke é impressionante, pois sem truques cinematográficos. As atuações, o enredo e a fotografia direta e pontual levam adiante de forma palpitante essa investigação sobre os esconderijos internos do homem.
De 1 a 5, 4.
DUMPLINGS (Hong Kong/ China)
Inusitado, no mínimo, em sua primeira meia hora. No resto do tempo, durmi.
O que me impede de julgar.
CACHÉ (França/ Áustria/ Alemanha)
De um naturalismo assustador emerge uma trama misteriosa em sua banalidade - ou banal em seu mistério. A tensão atingida por Michael Haneke é impressionante, pois sem truques cinematográficos. As atuações, o enredo e a fotografia direta e pontual levam adiante de forma palpitante essa investigação sobre os esconderijos internos do homem.
De 1 a 5, 4.
Mostra - dia 4
27/10
EU, VOCÊ E TODOS NÓS (EUA)
Uma obra-prima da simplicidade. Personagens maravilhosamente construídos - tanto em roteiro quanto em atuação - revelam aos poucos, em pequenas, sutis e delicadas situações, uma força dramática que nasce de onde menos se espera. Da ausência de grandes conflitos vai-se construindo uma trama bela e saborosa, que oferece leves e inestimáveis gentilezas à inteligência e aos olhos do espectador.
De 1 a 5, 5.
ESTRELA SOLITÁRIA (EUA)
Wim Wenders em todo seu vigor narrativo e existencial. Uma história que mistura arquétipos, fragilidades, vida e representação em um faroeste dos tempos presentes. Não é perfeito, mas é denso e recompensador.
De 1 a 5, 4 e meio.
PATO (EUA)
Nos primeiros 10 minutos, deu vontade de dormir. Isso feito, deu vontade de sair da sessão. Isso feito, não há argumentos para julgar.
CRIME DELICADO (Brasil)
Estarrecedor. De um rigor de construção e apreensão impressionantes, este novo filme de Beto Brant desnorteia e cala fundo, para o bem ou para o mal.
É preciso tempo para compreendê-lo (ou não).
EU, VOCÊ E TODOS NÓS (EUA)
Uma obra-prima da simplicidade. Personagens maravilhosamente construídos - tanto em roteiro quanto em atuação - revelam aos poucos, em pequenas, sutis e delicadas situações, uma força dramática que nasce de onde menos se espera. Da ausência de grandes conflitos vai-se construindo uma trama bela e saborosa, que oferece leves e inestimáveis gentilezas à inteligência e aos olhos do espectador.
De 1 a 5, 5.
ESTRELA SOLITÁRIA (EUA)
Wim Wenders em todo seu vigor narrativo e existencial. Uma história que mistura arquétipos, fragilidades, vida e representação em um faroeste dos tempos presentes. Não é perfeito, mas é denso e recompensador.
De 1 a 5, 4 e meio.
PATO (EUA)
Nos primeiros 10 minutos, deu vontade de dormir. Isso feito, deu vontade de sair da sessão. Isso feito, não há argumentos para julgar.
CRIME DELICADO (Brasil)
Estarrecedor. De um rigor de construção e apreensão impressionantes, este novo filme de Beto Brant desnorteia e cala fundo, para o bem ou para o mal.
É preciso tempo para compreendê-lo (ou não).
Mostra - dia 3
26/10
SELVA (Hungria)
Experiência radical de cinema, válida por si só. 7 cenas distintas e independentes, todas filmadas em planos bastante fechados e com o mínimo de cortes - em geral, um diálogo. Há momentos de dramaturgia pungente, como há outros cansativos. No todo, o conteúdo nem sempre se sustenta, mas a forma, apesar de não ser genial nem tampouco completamente inovadora, vale uma olhada.
De 1 a 5, 3 e meio.
BYE-BYE BLACKBIRD (Luxemburgo/ Inglaterra)
Filme de produção pseudo-suntuosa e de dramaturgia completamente desencontrada. Personagens indecisos e situações dramáticas pífias. Sono.
De 1 a 5, 1.
ESPERANDO AS NUVENS (França/ Alemanha/ Turquia)
Filmado em belas paisagens turcas, é filme honesto, apesar de cambalear. Aponta mais de um caminho e termina no mais fácil.
De 1 a 5, 2.
PALINDROMES (EUA)
Pior filme do diretor Todd Solondz. As piadas, apesar de engraçadíssimas, são nazistas. Mas ainda que se releve esse fato - o que não é difícil, no contexto - a "fábula" proposta dificilmente caminha poucos passos além de sua própria pretensão. O retrato da humanidade como causa perdida, e da nação americana como melhor exemplo dessa "ineficácia", pouco vai além do gratuito. Sobra quase nada, tanto em ética quanto em estética.
De 1 a 5, 2.
SELVA (Hungria)
Experiência radical de cinema, válida por si só. 7 cenas distintas e independentes, todas filmadas em planos bastante fechados e com o mínimo de cortes - em geral, um diálogo. Há momentos de dramaturgia pungente, como há outros cansativos. No todo, o conteúdo nem sempre se sustenta, mas a forma, apesar de não ser genial nem tampouco completamente inovadora, vale uma olhada.
De 1 a 5, 3 e meio.
BYE-BYE BLACKBIRD (Luxemburgo/ Inglaterra)
Filme de produção pseudo-suntuosa e de dramaturgia completamente desencontrada. Personagens indecisos e situações dramáticas pífias. Sono.
De 1 a 5, 1.
ESPERANDO AS NUVENS (França/ Alemanha/ Turquia)
Filmado em belas paisagens turcas, é filme honesto, apesar de cambalear. Aponta mais de um caminho e termina no mais fácil.
De 1 a 5, 2.
PALINDROMES (EUA)
Pior filme do diretor Todd Solondz. As piadas, apesar de engraçadíssimas, são nazistas. Mas ainda que se releve esse fato - o que não é difícil, no contexto - a "fábula" proposta dificilmente caminha poucos passos além de sua própria pretensão. O retrato da humanidade como causa perdida, e da nação americana como melhor exemplo dessa "ineficácia", pouco vai além do gratuito. Sobra quase nada, tanto em ética quanto em estética.
De 1 a 5, 2.
Mostra - dia 2
25/10
SOMETHING LIKE HAPPINESS (República Tcheca/ Alemanha)
Sensível drama familiar e social em uma República Tcheca na qual a vida não é das mais fáceis. História de esperança e fardo, contada com honestidade.
De 1 a 5, 3.
CHINAMAM (Dinamarca)
Comédia dramática sobre diferenças culturais e amores inesperados. Bem levada, apesar de sua absoluta previsibilidade. De qualquer forma, assiste-se sem prejuízo.
De 1 a 5, 2 e meio.
O ICEBERG (Bélgica)
Jacques Tati sem a genialidade. Uma vigorosa surpresa, esse filme de enormes silêncios e divertidíssimas gags visuais faz perfeito uso do enquadramento e da composição cenográfica para construir uma comédia amalucada e deliciosa. Fotografia, direção de arte e elenco impecáveis.
De 1 a 5, 4.
SOMETHING LIKE HAPPINESS (República Tcheca/ Alemanha)
Sensível drama familiar e social em uma República Tcheca na qual a vida não é das mais fáceis. História de esperança e fardo, contada com honestidade.
De 1 a 5, 3.
CHINAMAM (Dinamarca)
Comédia dramática sobre diferenças culturais e amores inesperados. Bem levada, apesar de sua absoluta previsibilidade. De qualquer forma, assiste-se sem prejuízo.
De 1 a 5, 2 e meio.
O ICEBERG (Bélgica)
Jacques Tati sem a genialidade. Uma vigorosa surpresa, esse filme de enormes silêncios e divertidíssimas gags visuais faz perfeito uso do enquadramento e da composição cenográfica para construir uma comédia amalucada e deliciosa. Fotografia, direção de arte e elenco impecáveis.
De 1 a 5, 4.
Mostra - dia 1
Eis um diário (atrasado) da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo.
24/10
De volta do Rio, só tempo para um filme:
TODOS CONTRA ZUCKER (Alemanha)
Divertido, bastante divertido. Comédia irresponsável que foca tradições e ortodoxias religiosas, mais especificamente judaicas. Tem falhas, mas garate as risadas.
Como pede a cédula de votação da Mostra, de 1 a 5, 2 e meio.
24/10
De volta do Rio, só tempo para um filme:
TODOS CONTRA ZUCKER (Alemanha)
Divertido, bastante divertido. Comédia irresponsável que foca tradições e ortodoxias religiosas, mais especificamente judaicas. Tem falhas, mas garate as risadas.
Como pede a cédula de votação da Mostra, de 1 a 5, 2 e meio.
26.10.05
tim
Entre 21 e 23/10, no Rio de Janeiro, Tim Festival.
Espaço infinitamente melhor do que em SP, com tendas e pessoas espalhadas pelo belíssimo cenário do MAM carioca, o festival teve muita gente, muito calor, muito ar-condicionado gelado, muita bebida (e comida) cara, algum atraso, uma boa organização geral, bastante liberdade (homo)sexual e música.
Um show previsivelmente incrível dos Strokes, um show surpreendente, arrebatador e incendiário do Arcade Fire, o show mais fofo do mundo, pelos Kings of Convenience, e uma performance linda de Vanessa da Mata.
O resto foi o resto.
Ah, teve também ótima companhia - já que sem ela nada teria graça.
Espaço infinitamente melhor do que em SP, com tendas e pessoas espalhadas pelo belíssimo cenário do MAM carioca, o festival teve muita gente, muito calor, muito ar-condicionado gelado, muita bebida (e comida) cara, algum atraso, uma boa organização geral, bastante liberdade (homo)sexual e música.
Um show previsivelmente incrível dos Strokes, um show surpreendente, arrebatador e incendiário do Arcade Fire, o show mais fofo do mundo, pelos Kings of Convenience, e uma performance linda de Vanessa da Mata.
O resto foi o resto.
Ah, teve também ótima companhia - já que sem ela nada teria graça.
14.10.05
semanas
Tirando muitas semanas de atraso:
Vôo Noturno é uma bobagem. Inacreditável que tenha sido saudado como um suspense eficiente.
/
Hotel Ruanda é confuso na mesma medida em que é grafica e moralmente pesado. Dois bons atores em um filme que, se não é especialmente memorável por suas qualidades cinematográficas, ao menos o é em sua força panfletária.
/
Amor em Jogo são os irmãos Farelli mostrando que em todo coração cheio de piadas escatológicas há também alguma ternura.
/
A Bela do Palco é o que os franceses chamariam de um “divertimento”. Belo e fluído, com bom elenco, encontra tempo, ainda, para levantar questões pra lá de pertinentes sobre papéis sexuais - em termos sociais, politicos, pessoais e até mesmo sexuais.
/
A Luta Pela Esperança ao menos tem como qualidade não chegar ao ridículo de um Mente Brilhante. Ron Howard defende o seu, dessa vez, com mais uma história edificante que não esconde a que veio e não decepciona os cientes de suas intenções. Russel Crowe é sempre uma presença a se notar e, há de ser dito, o filme possui seus momentos de manipulação bem feita, deixando o espectador roendo as unhas de angústia. Mas é tão fácil de esquecer como é de ver.
/
Wallace & Grommit é uma animação visualmente esplendorosa e bastante divertida, mas não é genial como alguns esperavam que fosse.
/
Eros é Wong Kar Wai. Seu episódio, “A Mão”, pode ser considerado um bonus track de Amor à Flor da Pele, mas, como disse um amigo, qualquer bonus track de Amor à Flor da Pele só pode ser uma maravilha. Lindo de morrer (ou de viver?)
Vôo Noturno é uma bobagem. Inacreditável que tenha sido saudado como um suspense eficiente.
/
Hotel Ruanda é confuso na mesma medida em que é grafica e moralmente pesado. Dois bons atores em um filme que, se não é especialmente memorável por suas qualidades cinematográficas, ao menos o é em sua força panfletária.
/
Amor em Jogo são os irmãos Farelli mostrando que em todo coração cheio de piadas escatológicas há também alguma ternura.
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A Bela do Palco é o que os franceses chamariam de um “divertimento”. Belo e fluído, com bom elenco, encontra tempo, ainda, para levantar questões pra lá de pertinentes sobre papéis sexuais - em termos sociais, politicos, pessoais e até mesmo sexuais.
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A Luta Pela Esperança ao menos tem como qualidade não chegar ao ridículo de um Mente Brilhante. Ron Howard defende o seu, dessa vez, com mais uma história edificante que não esconde a que veio e não decepciona os cientes de suas intenções. Russel Crowe é sempre uma presença a se notar e, há de ser dito, o filme possui seus momentos de manipulação bem feita, deixando o espectador roendo as unhas de angústia. Mas é tão fácil de esquecer como é de ver.
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Wallace & Grommit é uma animação visualmente esplendorosa e bastante divertida, mas não é genial como alguns esperavam que fosse.
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Eros é Wong Kar Wai. Seu episódio, “A Mão”, pode ser considerado um bonus track de Amor à Flor da Pele, mas, como disse um amigo, qualquer bonus track de Amor à Flor da Pele só pode ser uma maravilha. Lindo de morrer (ou de viver?)
7.10.05
joão
O Festival do Rio 2005 seleciona “Alice”, entre outros 15 curtas-metragens, para a Premiére Brasil.
Muito alegre e paulista, vou ao Rio, para temporada de 4 dias.
No debate dos curtas-metragistas, o público pequeno de sempre, em se tratando de debates, porém atento. Finda a conversa, aproxima-se de mim João:
- Quando vocês falam “curta” e “longa”, qual a diferença?
Explico que se trata do tempo de duração dos filmes.
João, que ouvira a rigorosamente todos os debates que aconteciam na tenda do Festival, me diz que aquele que acabara de acontecer fora um dos que ele mais gostara.
Uma pessoa interrompe minha conversa com João para elogiar “Alice”. Agradeço, orgulhoso, e a pessoa logo se afasta. João prossegue:
- Porque eu sou uma pessoa que quando me elogiam, eu vejo aquilo como um incentivo pra eu melhorar sempre. Eu não sou desses que ficam se achando “por cima”, “o bom”, quando falam bem de mim. Eu acredito que a pessoa tem que sempre estar se aperfeiçoando naquilo que faz, sempre aprendendo.
E João não parou:
- Porque eu digo que agora sim o nosso cinema está bom. Os filmes passam no mundo todo, ganham prêmios.
Pergunto se ele assistira a algum filme do Festival. Ele responde que não, porque não dá tempo, não pode ausentar-se da Tenda onde acontecem os debates. Mas completa:
- Nas exibições de telão que tiveram aí pela cidade, recentemente, eu vi uns filmes que eu achei muito bons, que eu acho que conseguem tocar a gente. Eu vi “Guerra de Canudos”… vi também “Central do Brasil”… Vários, eu vi vários.
Digo a João para jamais parar de ver os filmes. E lamento o fato de ele não ter podido ver mais coisas no Festival para o qual trabalha.
João, técnico de som da Tenda, responsável por ajustar e regular os microfones e soltar a vinheta de abertura dos debates – tarefa que o faz não poder estar presente às sessões – termina nossa conversa:
- Porque eu sei que sou um cara que tem umas opiniões fortes.
E sorri, quase envergonhado por ter uma certeza sobre si mesmo.
Conversar com João pode ter sido uma das melhores coisas do Festival do Rio 2005.
PS: Quando perguntei por seu nome, não entendi se ele respondera "John" ou "João". Fiquei com a opção brasileira, sem, no entanto, descartar por completo a outra. No mais, peço perdão a João pela transcrição "de memória" de nossa conversa
Muito alegre e paulista, vou ao Rio, para temporada de 4 dias.
No debate dos curtas-metragistas, o público pequeno de sempre, em se tratando de debates, porém atento. Finda a conversa, aproxima-se de mim João:
- Quando vocês falam “curta” e “longa”, qual a diferença?
Explico que se trata do tempo de duração dos filmes.
João, que ouvira a rigorosamente todos os debates que aconteciam na tenda do Festival, me diz que aquele que acabara de acontecer fora um dos que ele mais gostara.
Uma pessoa interrompe minha conversa com João para elogiar “Alice”. Agradeço, orgulhoso, e a pessoa logo se afasta. João prossegue:
- Porque eu sou uma pessoa que quando me elogiam, eu vejo aquilo como um incentivo pra eu melhorar sempre. Eu não sou desses que ficam se achando “por cima”, “o bom”, quando falam bem de mim. Eu acredito que a pessoa tem que sempre estar se aperfeiçoando naquilo que faz, sempre aprendendo.
E João não parou:
- Porque eu digo que agora sim o nosso cinema está bom. Os filmes passam no mundo todo, ganham prêmios.
Pergunto se ele assistira a algum filme do Festival. Ele responde que não, porque não dá tempo, não pode ausentar-se da Tenda onde acontecem os debates. Mas completa:
- Nas exibições de telão que tiveram aí pela cidade, recentemente, eu vi uns filmes que eu achei muito bons, que eu acho que conseguem tocar a gente. Eu vi “Guerra de Canudos”… vi também “Central do Brasil”… Vários, eu vi vários.
Digo a João para jamais parar de ver os filmes. E lamento o fato de ele não ter podido ver mais coisas no Festival para o qual trabalha.
João, técnico de som da Tenda, responsável por ajustar e regular os microfones e soltar a vinheta de abertura dos debates – tarefa que o faz não poder estar presente às sessões – termina nossa conversa:
- Porque eu sei que sou um cara que tem umas opiniões fortes.
E sorri, quase envergonhado por ter uma certeza sobre si mesmo.
Conversar com João pode ter sido uma das melhores coisas do Festival do Rio 2005.
PS: Quando perguntei por seu nome, não entendi se ele respondera "John" ou "João". Fiquei com a opção brasileira, sem, no entanto, descartar por completo a outra. No mais, peço perdão a João pela transcrição "de memória" de nossa conversa
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