16.7.08

diários da televisão - 2

o horóscopo na van nem sempre pode ser um hábito. ontem teve, hoje não.

mais algumas casas, mais uma escola e que coisa difícil é decidir. mas agora tá feito.

reunião na TV, de bem a melhor. os roteiros são muito gostados e a confiança e liberdade são grandes e recompensadoras.

reunião de artes gráficas, ontem. de finalização, hoje.

trate de juntar sua coordenadora e sua produtora de finalizacão, sua continuísta, seus assistentes de direção e seu montador e eles que são humanos que se entendam.

tente fazer um plano de filmagem de 4 semanas sem enlouquecer - parabéns se você acha que fazer a programação da Mostra é difícil! sabe aquela sensação de que você está deixando algum filme muito importante de fora? imagine-a com o peso de uma responsabilidade real. é isso.

enlouqueça na frente do quadro imantado, mudando aquelas belas "tiras" impressas pelo Movie Magic para lá e para cá.

aliás, que dádiva divina é o Movie Magic!

no meio disso tudo, coordene a reescritura de dois roteiros - mas celebre a aprovação de outros 4. e dê atenção à sua produtora de elenco, que está ansiosa para fechar mais e mais atores.

chega. às 20h, ligue a música do computador, como um sinal de que o dia tem que acabar. na porta da nossa sala, Simba, Timão e Pumba - it's our problem-free philosophy, Hakuna Matata!

*

entre um dia e outro, não é que deu tempo de dar um pulo ali naquele shopping que exibe cópias legendadas de Wall-e?

para lá do aborrecimento do eco-chatismo, quantas coisas bonitas! Kubrick ecoando feito tornado, 2001 e Hal relidos, a inexorabilidade da música e dos sentimentos "humanos" que ela é capaz de acender, um relicário de singelezas, um robô que ama - e o que mais se pode dizer mais do que isso?

Wall-e queria pegar na mão de Eva, mesmo que apenas intuindo o que isso poderia significar. e aquela banda de músicas fáceis e inevitáveis já dizia. I wanna hold your hand. simples assim. e inescapavelmente apaixonante.

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