2.7.08
RECADO NA SECRETÁRIA ELETRÔNICA DO TELEFONE PRETO QUE DISCA PRO CÉU
Meu querido,
amanhã lançamos aquele filme que fiz pra você.
preferia não tê-lo feito, mas nossa avó já dizia que a tristeza é queném chiclete, precisa mastigar. eu resolvi mastigar a minha no cinema, que é onde sempre soube viver melhor (e você sempre soube disso).
eu, a Fabiana e o Henrique morremos de saudade e eu vou dedicar a eles nossa sessão. você acreditaria se eu contasse que o Henrique vai fazer cinema?! nem eu, acho. é difícil acreditar em uma porrada de coisas que acontecem.
deseje-nos sorte. ou “merda”, como dizem no teatro.
(sim, eu agora também sou um rapaz de teatro. nisso dá pra acreditar?)
da próxima vez, atende esse telefone!
e mande um abraço a Stanley Kubrick, se você cruzar com ele.
(dizem que às vezes deus pensa que é Stanley Kubrick e fica andando pelo céu disfarçado)
um beijo pra você,
R.
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3 comentários:
ler esse post parece uma intromissão, ainda que ele esteja na internet (mas este aqui é um diário, então é seu, mesmo que aberto). fico com vergonha de tê-lo lido mas ao mesmo tempo me parece tão próximo isso. essas coisas ditas que não sei o que são mas que me fazem pensar na vida que existe por trás. enfim.
escrevo pois sou intrometido, nada tinha que estar falando - e falando tanto. mas só pra dizer que é tudo muito bonito. e que deve ser um filme muito bonito. e que a vida dele - do filme, de quem fez e a quem ele pertence - seja toda essa beleza.
abraços
acontece às vezes, quando te leio: o coração se enche tanto que acaba vazando em meus olhos.
e arrepia.
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