29.12.08

dias de Madrid - 1

Lembra de 2006, quando esse blog virou um diário aberto de viagem? welcome back, portanto!

vôo (é melhor usarmos o circunflexo em "vôo" enquanto ainda dá tempo - a reforma ortográfica vem aí!) bom, mas dormir que é bom, aquela coisa... Madrid às 6.30h e Frank (será que é assim que escreve o nome dele?), amigo da Camila, amiga da Mayara, ambas com quem eu viajava, está no aeroporto, sonado. mas outros virao (o tal acento "til" o teclado vai ficar devendo), porque Camila é presença muito aguardada na Espanha.

metrô (um excepcional metrô, aliás - alo, alo, Daniel!), eles pro apartamento deles, perto da Universidade, distante do centro de Madrid, eu para meu hostal, na Gran Via, coraçao de Madrid.

dormir. uma pena perder tantas horas em uma cidade tao bonita, mas o corpo nao aguenta. no fim da tarde, ressurgimos e fazemos o re-reconhecimento da área. Puerta del Sol, que era exatamente como eu lembrava, exceto que está em reforma, decorada para o Natal e com muito mais gente do que a memória permitia reter.

o grupo aparece (além de Ma, Camila e Frank, há também Felipe e uma segunda Mayara) e quer comer no McDonald´s, afinal, economia é a palavra de ordem. quem está na chuva é pra se queimar, entao aceito.

eu estou vendo bem? McFlurry de KitKat??? frio, sim, mas resistir quem há de (e Victor Mendes, essa foi em sua homenagem!)?

caminhamos pelas redondezas e a Plaza Mayor é tao bonita quanto era, também. mas mais cheia, mais iluminada, mais... fim de ano.

"Voce veio pra cá há dez anos? e muita coisa mudou?", me pergunta Frank.

nao que eu perceba de imediato. "aqui as pessoas saem muito à rua", me diz ele. aquelas calçadas abarrotadas, onde nao se pode parar de andar um segundo, sob o risco de ser sumariamente atropelado, já demonstravam com clareza, e essa era precisamente a minha sensaçao mais forte. acho que todos esses anos, eu queria sair na rua em Madrid (talvez por isso quisera morar aqui, quando estive).

andamos e andamos e nos separamos. ando mais, de volta ao hostal. a vontade é de nao voltar jamais pro quarto apertado, porque em Madrid se deve estar mesmo nas ruas. para onde vai toda essa gente, todas essas crianças passeando pelas calles à meia noite?

mas vou dormir, algo melancólico, com a vontade de descobrir até que horas Madrid nao dorme.

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