desde criança, fui ensinado a significar as datas. eu adorava o Natal, o encontro, o entusiasmo, a espera, o Papai Noel, a casa da minha avó, os presentes, o dia, a noite, os primos, a energia coletiva e até mesmo essa esperança, que hoje meu cinismo vê como patética, das pessoas tentarem praticar coisas como paz, harmonia e amor (como se esses estados de espírito tivessem hora marcada).
hoje eu detesto o Natal e tudo o que eu mais quero, todo ano, é poder fazer com que ele simplesmente não exista - obrigado, eu finalmente consegui!
acordo para alguns consumismos pontuais e demorados, que acabam me levando a Greenwich Village. estou na rua 8 e decido que o melhor caminho de volta à 59 é andando. que mal podem fazer 51 quarteirões em uma tarde de frio e sol em Manhttan, certo?
e os percorro em zigue-zague, entrando em Barnes & Noble, Dunkin Donuts, dando com a cara na porta da Drama Bookstore (o que foi realmente muito triste), comprando presentes no MoMa.
e o faço na excelente companhia de Chris Garneau, Wilco, Pato Fu, Roberto Carlos, Los Hermanos, Cazuza, Radiohead, The Smiths, Tiê, Nina Simone, Astor Piazzolla, Caetano Veloso, Stars, Jon Brion, Arnaldo Antunes, Marisa Monte, David Bowie, música para cortar os pulsos, muitas delas.
quando chego de volta ao hotel, é noite. dou os presentes comprados e saímos para jantar no convidativo e descomplicado Serafina, com os mais do que agradáveis amigos de papai.
vinho, comida boa, conversa divertida, uma 'noite feliz' como outra qualquer.
quem precisa de Natal?
1.1.10
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário