Não se entende muito bem por que a versão paulista de Cabaret simplesmente abate do roteiro os números So What e It Couldn't Please Me More, tão vitais para aterrar uma parte importante da trama. As versões das canções (assim como as de todos os musicais encenados no Brasil) deveriam ser feitas pelas pessoas que fazem (ou faziam) as versões dos musicais animados da Disney. Ademais, esse Cabaret tem suas qualidades no exato nível de exigência do público que garante "101% de ocupação" ao Teatro Procópio Ferreira - e o que mais um entretenimento pode querer, não é mesmo?
A Bela e a Fera e Alladin, em revisão, seguem sendo bons pra cacete.
Os Altruístas tem o MC que Cabaret não tem: Kiko Mascarenhas. Que explode em histrionismo mas o calca em dores tenebrosas, num controle impressionante de registro e sentimento. Merece indicações a prêmios e troféus.
Um Coração Fraco e como Dostoiévski sabe mesmo das coisas...
Tratando de Fazer Uma Obra Que Mude o Mundo (O Delírio Final dos Últimos Românticos) é quase tão boa quanto seu título, tropeçando de leve numa certa redundância de efeito, em seu último terço. Mas comprova um interessante fenômeno do teatro chileno em praticar dramaturgias de impactante 'realismo fantástico', por assim dizer, olhando para os aspectos políticos da vida (e abra-se o leque de compreensão desse termo, 'político'). Que já estava tão presente em Diciembre, do Teatro En El Blanco, e em Villa + Discurso, da Cia Playa. Faz pensar que, aqui, quem produz algo que se assemelhe é Grace Passô, à frente do Grupo Espanca!.
Querido Gus, tenho que te dizer: Inquietos não me pegou. Será que sou eu?
(mas posso elaborar esse pensamento mais tarde...)
28.11.11
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