22.2.05

A ILHA DESCONHECIDA

(para dar um tempo no papo-sério-sobre-cinema... do fundo do bau:)

Quem sabe um dia
Eu vou te buscar nessa ilha.
Tentar encontrar o lugar
Onde você, qual tesouro,
Enterrou meu coração.
E marcou com um “x”,
No mapa que eu mesmo fiz,
A indicação desse rico ouro
Que valioso não é senão pra mim,
Por se tratar do fim
Que deu início a tudo isso.

Quem sabe quando eu desembarcar,
Depois de enfrentar ruidosos mares,
De quase naufragar nessa imensa tempestade,
De vencer todos os lugares
Reais ou imaginários
Que há depois dessa cidade,
Depois de derrotar o calendário
E aí chegar no tempo preciso,
Quando tempo nem houver mais,
Quando todo o desconhecido dessa ilha que ainda jaz
Intocada no oceano for revelado,
Quem sabe então ao meu lado
Estarão os duendes e as fadas,
Todas as criaturas encantadas,
Ou sem encanto,
Todos os sorrisos e os prantos
Dos mestres, deuses, vilões e heróis,
Todos me ajudando a desatar os nós
Que amarram essa história complicada
E que bloqueiam as estradas
E os caminhos...

Quem sabe eu não deva ir sozinho
Bater à porta do seu castelo,
Quebrar feitiços e mistérios,
Tomar essa ilha de assalto,
Subir ao alto da torre
Onde você é prisioneira,
Acordar-te do sono de uma vida inteira,
Virar o príncipe modesto, mortal e imperfeito
Que eu sei ser,
Capaz de um resto de magia
Nas agonias do seu peito.

Quem sabe não é assim
Que a história chega ao fim.
Nós dois em uma ilha desconhecida,
Esquecida e renegada por toda a humanidade,
Flutuando à deriva pelo mar da minha saudade.
Uma ilhinha alegre, brilhante, cheia de cor.
A ilha completamente desconhecida
Do nosso amor

2 comentários:

Anônimo disse...

quanta consusão para um final feliz, né?

talvez fazer cinema seja mais fácil mesmo.

adorei.

bj
carol

Anônimo disse...

deu preguiça de ler