27.5.09

Isso


Com grande atraso, hoje fui ver Titãs - A Vida Até Parece Uma Festa.

Peguei-me completamente envolvido, emocionado, melancólico e alegre.

É impressionante, em termos de linguagem, como a narrativa documental consegue se construir inteiramente por imagens de arquivo.

Mas o mais inescapável em testemunhar toda aquela história, o que cala mais fundo na sentimentalidade do espectador talvez seja, através do gigantesco e incomparável poder da música, a sensação perene do pertencimento.

Todos nós queríamos ter uma banda de rock, na medida em que essa idéia encerra instintos e desejos tão juvenis quanto eternos, tão fortes quanto duradouros. E todos nós o queríamos pela adrenalina, pela imortalidade, pela energia, mas talvez mais do que tudo pela companhia.

Como se, envelhecendo juntos, não envelhecessemos. Ou pudéssemos fazê-lo com a constante sensação da liberdade, da plenitude e de ser parte importante de um todo.

Como se a vida fosse mesmo uma festa - ou uma constante sucessão delas. Todas felizes demais. E sem fim.

*

Sem jamais ter sido músico, acho que já tive algumas bandas de rock.


Um comentário:

Thereza disse...

Eu também achei, Rafa. Um filme que nos pega bem desprevinidos.