6.1.09

dias de Berlim - 7

segunda-feira em Berlim, sem neve. os termômetros continuam baixíssimos, mas é dia de colocar o atraso em dia - acordar cedo e aproveitar o sol para ver a cidade, andando (e nao só de metrô).

encontro Flávia na estacao e caminhamos até Potzdamerplatz, que a essas alturas já é o quintal aqui de casa. paramos para um café da manha e um imprevisto com amigas presas para fora de casa, perdendo trens e tentanto pular a janela do vizinho logo a ausentam brevemente do passeio.

vou sozinho ao Memorial aos Judeus Assassinados da Europa. tao triste quanto impressionante, de gelar o coracao - e nao só porque todos os túmulos estavam cobertos de neve.

continuo pelas margens do parque, pela primeira vez visto com sol (um sol invariavelmente lateral, diga-se). a fila para entrar no Parlamento é, pela segunda vez, grande demais para se enfrentar em temperaturas negativas e sem companhia. deixo para a próxima, com a esperanca de que ela efetivamente venha.

mas vejo o Portal de Brandemburgo e todos os turistas que se amontoam a seus pés para comecarem os walking tours pela cidade. caminho pela Unter den Linden achando-a finalmente deslumbrante. vejo a Bebelplatz e todas as incríveis edificacoes que se amontoam a sua volta e às margens do rio.

atravessando a ponte, entro no Dom, a catedral da cidade. apesar da igreja fechada, foi possível ver sua suntuosidade pelas galerias superiores.

Flávia está quase voltando, mas antes enfrento a fila e subo na Ferhsenturm, a estranhamente bela torre de tv que paira sobre a cidade. lá de cima, Berlim inteira nevada é uma cidade de brinquedo.

Flávia reaparece e nossa meta é conhecer o extremo oriental de Berlim (ou da parte dita central), que ainda nos é estranho. adoramos de cara, primeiro olhando o Volksbuhne de frente, depois andando pela Torstrasse e admirando as lojas e prédios.

vamos até o Wall Memorial, o maior e mais bem preservado trecho do muro ainda de pé. faz frio, mas ele já nao parece tao importante diante de tantas coisas boas.

a casa de Brecht fecha às segundas-feiras, mas a volta do caminho até lá nos levou à Oranienburger Strasse e, sem querer, ao Tacheles, prédio ocupado por artistas que trabalham, expoe e vendem suas artes. uma das 25 coisas para se fazer em Berlim e uma agradável surpresa.

antes, almocamos em um restaurante de Singapura, onde os sabores eram inesquecíveis - porque, sim, uma vez com Flávia, o tour é mesmo necessariamente gastronômico, também.

nos impressionamos passando em frente da Neue Synagoge. Flávia pára para as compras para depois desembocarmos no Hackesche Hofe, espécie de shopping em uma antiga edificacao art deco, cheia de pracas internas.

um café no Starbucks (aqui deve haver mais Starbucks do que em todo os Estados Unidos) para fugir do frio e a meta dos 25 pontos imperdíveis nos leva a uma loja hype chamada Berlinomat, que nao nos impressiona muito.

na volta até o metrô, uma passada rápida por um shopping nos leva a intensas (mais de Flávia do que minhas) compras na H&M, espécie de Zara local (e alo, alo, Ricardo e Cristian, será que é possível comprar roupas em algum lugar do mundo sem esbarrar com o guarda-roupa de vocês?!).

de volta para o apartamento, para sessao internet e um jantar no Kebab vizinho que, meio a contagosto, Flávia e Gabriela me fazem provar - e com o qual correu tudo bem.

a essas alturas, Natalia, Mariana e Clara já se foram. a cidade está mais silenciosa e menos alegre sem elas.

balanceando os tais diferentes modos de viajar, um dia de turismo, em que Berlim diurna mostrou-se ainda mais magnética e vibrante.

2 comentários:

Naná disse...

quando vai aparecer aqui em Paris?

pm disse...

meu reino por um H&M no Brasil. muuuito melhor que a Zara. Aproveite e compre LISTRAS!