23.3.06

e mais Toulouse

Quarta-feira, em Toulouse, acordei tarde, jah que a festa da noite anterior avançou pela madrugada.

Era dia de sessao de "Alice", as 18h e fiquei fazendo basicamente nada ate a hora.

Vi, em DVD, um curta concorrente, do México, chamado Dime Lo Que Sientes. Era bom.

As 18, entao, na Cinemateca, a sala principal do Festival, sessao de "Alice" precedendo o longa Sabado, una pelicula em tiempo real, do Chile, que tinha uma idéia bastante interessante bem realizada.

Em nenhuma sessao a que compareci, aqui, houve palmas ao fim da projecao - a nao ser as que eu mesmo puxei para Derecho de Familia. Nao sei se é cultural, se eles nao gostam mesmo dos filmes ou se soh aplaudem quando acham realmente espetacular.

Assim, vale dizer que nao houve aplausos ao fim de "Alice", assim como nao houve ao fim do longa.

Mas a sala estava cheia, com cerca de 150 pessoas, e vi diversos vultos levantando-se e saindo logo depois do curta - eram meus amigos voluntarios tirando 15 minutos de folga para me prestigiar.

A reacao das pessoas foi excelente. Os amigos, os colegas, um critico italiano, o juri universitario, a moça que trabalha no bar, todos tinham uma palavra bonita, um sentimento afetuoso e muitas perguntas. Os mais entusiasmados diziam que recomendariam para outros verem no sabado. E os que nao puderam ver me disseram que ouviram falar bem.

A pergunta que TODOS fazem?

- Mas a idéia veio de onde? é baseado em uma experiencia pessoal?

O que o povo quer saber, minha gente, é sobre a vida alheia!


Me sentei sozinho para jantar e TODO o juri veio sentar-se a meu lado. Apresentaram-se e disseram, com bom humor mas nao sem razao: You have to be nice to us. Sim, tenho.

Conversamos sobre o cinema do mundo.

Logo em seguida, fui representar Impar Par na sessao Ecran Libre, uma mostra informal de curtas que acontece numa espécie de galeria. As pessoas sentam-se em sofas, almofadas, jogam-se no chao. Mas todas parecem bastante interessadas em ver os filmes. Havia cerca de 40 delas.

Disse, em espanhol mal falado, as palavras que Esmir me pediu pra dizer e tive que sair correndo para participar de um programa sobre cultura brasileira na radio local, que entrevistou a mim e a Gustavo Acioli.

Na sequencia, demos uma passada rapida no After, que é como eles chamam a festinha de toda noite. Muito calor e muito, muito cigarro (alo, alo, Loca!) num espaço de dois andares apertadinho.

E foi isso.

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