21.3.06

Toulouse - parte 2

Os dias em Toulouse sao certamente menos cheios de atividade do que os de Paris - portanto, nao esperam relatos fantasticos.

A gente chega num festival de cinema agitado como esse e cai inescapavelmente na engrenagem. Todos os planos de conhecer bem a cidade e a regiao vao por agua a baixo...

E o Festival aqui é realmente surpreendente. O clima "hippie", como eu contei, reafirma-se constantemente. Todos sao alto-astral, felizes e bem humorados. Muitos dreads nos cabelos masculinos e femininos, muita sandalia de dedo, nao obstante o frio.

Cumprimento é com 2 beijos, e nao importa o sexo de quem se encontra (alo, Ricardo Santini!) - beijo no rosto é so carinho e amizade e melhor se tivermos ambos de sobra, né nao?

A comida é sempre saudavel, com muita salada - acompanhada por vinho e mais vinho, o que pode ser um perigo. Na tenda do bar em frente a Cinemateca, praticamente todos os jovens "artistas" da cidade vem se encontrar diariamente a partir de umas 7 da noite. Se pelo menos houvesse tanta gente nas sessoes...

Mas nao ha do que reclamar. As salas estao sempre bem frequentadas, nao so quantitativa, mas tambem qualitativamente.

O jornalzinho do Festival, que passaa antes das sessoes da noite e é feito pelos alunos da escola de audiovisual, perde, ca entre nos, de loooonge, para o do Festival de Tiradentes. Ja o jornal impresso, tambem diario, eh divertido, atraente e informativo. Todo festival de cinema devia ter um assim.

Os filmes vistos ontem foram 2.

Se Arrienda, do Chile, eh ingenuo e disperso. Sobre vidas vazias, é vazio e de bom mesmo tem a epigrafe de começo:

O passado é como um pais estrangeiro; lah se fazem as coisas de outro modo - L P Hartley, autor ingles. Gostei BEM.

La Perrera, do Uruguai, é também um filme vazio sobre vidas vazias. Ao contrario do anterior, ao menos escolhe um caminho claro e traça-o, mas nao oferece estimulos de nenhuma naturez ao longo dele.

A noite, a festa do festival estava vazia. E as ruas da cidade, em plena segunda feira, com bares cheios e uma juventude animada. Timido e em lingua estrangeira, fico com a minha rua Augusta-Consolacao-e-arredores (alo, alo, OLI!!!)

No mais, uma observacao que eu queria ter feito desde Paris: é comoventemente proxima a relacao dos franceses com a Nutella (Isabel Ribeiro, todos os "alos" do mundo pra voce!!!)

2 comentários:

Anônimo disse...

all we need is loooveee...

Anônimo disse...

que nutella?