20.3.06

paris - parte final

(Dois dias sem internet deixaram as atualizacoes capengas, mas estamos de volta.)

Sobre o ultimo post, referente ao dia 17, faltou dizer tres coisas:

1) No Museu Marmotan, havia uma exposicao de Camille Claudel, que, quando esculpe o movimento, eh quase genial.

2) Sobre "The New World": fazia tempo que, durante a projecao, eu nao ficava com a clara vontade de que o filme nao terminasse. Talvez desde "Fim de Caso".

3) Sabe a tal escada torta e desnivelada e apertada do hotel? Subindo com uma garrafa de agua na mao, cai 4 vezes. E JURO que estava em plenas posses da minha sobriedade e do meu centro gravitacional.


Enfim, o dia 18, em Paris, era um sabado. E sabados tem poucos carros na rua e muitas pessoas.

Andei longamente e quase sem rumo pelo Quartier Latin, ateh chegar a Rua Mouftard para comer o tal crepe (alo, alo, Esmir!!!). E lah as lojas fazem uma especie de feira, colocando na rua seus produtos. Muitas flores, vinhos, queijos, peixes, frutos do mar, carnes...

Continuo a caminhada e topo com o Pantheon, monumento em memoria, e local onde estao enterrados, os Grandes Homens da Nacao. Quem sao eles? Rousseau, Victor Hugo, Alexander Dumas, Emile Zola, Voltaire. E devo dizer: ainda ha muitos tumulos vazios. Talvez a Franca ainda espere muitos grandes homens!

Passo na frente da Sorbonne e ela esta lacrada, ocupada pela Policia. Alguns quarteiroes a frente, um jovem me entrega um folheto convidando a um ato pacifico de protesto em frente a prefeitura. Nao, obrigado - mas super apoio a causa.

Ando ateh os jardins do Palais Royal, para alguns minutos sentado sob o sol.

Pego o metro a Montmartre, que continua uma maravilha.

Prostro-me, entao, na fila para ingressos de As Bodas de Figaro, na Opera Garnier. Faltando um minuto para o comeco do espetaculo, com 30 pessoas na minha frente, o funcionario grita oferecendo um unico bilhete, o ultimo, no segundo lugar mais caro ( e poe caro nisso!) do teatro. Ninguem na minha frente aceita? Me dah que eu vou! Fui!

A musica eh irrepreensivel, a montagem tinha seus defeitos e seus grandes acertos. Mas curioso mesmo foi ouvir opera em italiano, ler legendas em frances e entender em portugues...

Depois de 4 horas e cinco minutos (sim, sim, operas sao longas!), metro de volta para o hotel. E um jantar rapido no unico local aberto, um restaurante chines, administrado, claro, por chineses. Era eu dentro de um filme de Wong Kar Wai. Pelas circunstancias, diria que "Felizes Juntos".


E fim do Segundo Ato.

2 comentários:

paula manzo disse...

e dias que dão um curta metragem!

Caetano disse...

Gosto de ler seus dias aqui.:-)
E Camille Claudel cabe na definição de artista que parece fazer parte de qualquer coisa que eu seja (você definiu isso melhor ao falar da Marisa Monte).